quinta-feira, 27 de março de 2008

Águas de Marzo





Viva os teclados estrangeiros... resolvi postar alguma coisa, qualquer coisa, será que alguém le coisa alguma aqui? Nao sei, nao me importa. Escrevo mesmo assim. Os amigos de Antonia continuam aparecendo, deixando comentários (alguém me disse que é difícil deixar comentários, ou que eles pedem sei lá o que, nao sei... chatices da cibernália).

Estou de luto agora no por uma pessoa amada, e sim por um lugar amado. O lugar amado. Eu sei, soa estranho, absurdo até... Mas este lugar que se vai (uma propriedade da família vendida) tem um valor quase humano. Pois além de todos os atributos que possui foi aqui que eu e minha família depositamos nossas energias e foi este lugar que nos brindou os momentos mais mágicos de nossa existencia (pelo menos da minha).
Aqui aprendi a dirigir, a andar a cavalo, a fazer piquenique... Vi incontáveis estrelas cadentes, descobri onde fica o sul e o norte, conheci os ventos, vi tantas e tantas vezes o sol se por, no horizonte longe, e outras tantas a lua sair vermelha, cheia, minguante... E algumas vezes vi a lua sair e o sol se por ao mesmo tempo... Vi também a lua se por, muitas vezes, chegando da noitada... e tantas vezes cheguei com o sol nascendo, os passarinhos cantando me dando boa noite, ou bom dia... Aqui dormi nos bracos da mulher mais linda com quem dormi na vida (e nao só dormimos), aqui passei madrugadas jogando conversa fora... aqui li "Educacao Sentimental", "On The Road" e tantos outros clássicos. Aqui dei meu primeiro show... de música mesmo, com a ilustre presenca de minha prima Josefina, que nos guarda do céu. Aqui jamais vi televisao, e estranho agora ter internet. Aqui, em La Cumbre, nao tínhamos luz até meus onze anos... eram só velas e depois um motor a diesel, pequeno gerador, que o Vasco, saudoso caseiro, apagava às 10 da noite (corríamos para a cama). E depois veio o telefone mas só na casa dele, Vasco, a 200 metros da nossa. E tinha uma cadeira de barbeiro, do lado de fora, do lado o telefone. Mesmo assim a gente ia pra cidade, pra praia, pra vida, e todo mundo se encontrava... sem celular nem nada. Aqui tive conversas profundas com todos os meus primos preferidos, inclusive a Antonia. Aqui chorei rios mas também me senti um rei, amado. Aqui é sem dúvida o lugar mais lindo do mundo. A casa perfeita. Simples, escondida entre as plantas, sobre uma colina, dominando uma vista que se estende por até 70 kilometros (e aqui o clima é tao bom que quase sempre voce ve longe), em 360 graus. Lá embaixo correu um rio, que nos separa delicadamente da cidade. Aqui tem umas pedras cinzas, fortes (?), e no meio delas fizemos um buraco e onde está a piscina mais linda do mundo (indiscutivelmente). Aqui, plantamos mais de 5000 árvores. Elas tem exatamente a minha idade. Crescemos juntos, elas e eu... E foi mágico acompanhar este crescimento, o delas, cada uma a seu ritmo. Aqui tem um gato siamês selvagem (isto existe). Aqui já vi raposas, colhereiros, cisne de pescoco negro, patos de vários tipos, tchahans, galinhas de angola, todos que moram aqui, nao em cativeiro. E o mais louco é que aqui fica a 8 kilometros do mar e a 15 de uma cidade que supostamente é o ponto mais glamuroso do atlântico (exageros a parte aqui está cada vez mais cafona mas há uma sofisticacao sem igual). Pra culminar, aqui fica no Uruguai, que é um país absolutamente adorável. Mil lágrimas para La Cumbre.

terça-feira, 4 de março de 2008

Na Natureza Selvagem

Consegui finalmente assistir o filme de Sean Penn, Into The Wild (Na Natureza Selvagem) ontem à noite. É arrebatador. Não deixem de ver, no cinema, como corresponde a uma obra-prima. Vamos lá: o roteiro é profundo, sólido. Sean Penn revela-se um excelente diretor (e roteirista), num trabalho que de certa forma espelha a carreira dele como ator. A fotografia e câmera de Eric Gautier é de uma beleza e inteligência raras. Emile Hirsch.... o que é Emile Hirsch? Alô Oscar! Este garoto tem futuro. Aliás o elenco inteiro está genial, mas Emile está messiânico. A música de Eddie Vedder é simplesmente perfeita. Mas o que mais impressiona neste filme é como ele resgata valores perdidos e nos faz enxergar que a nossa sociedade, embora cada vez mais "civilizada" e "evoluida" na verdade vêm sofrendo um retrocesso em seus valores mais básicos, nos princípios que a regem. E isto que o filme se passa em 1992! Não sou sociólogo pra ficar elocubrando as razões do que vejo como um retrocesso. Mas o herói de Sean Penn é um andarilho que vive e prega uma retidão moral e um respeito à vida acima de qualquer coisa. Bonito de se ver, e um belo toque para todos nós.
PS- Um apelo aqui ao Cine Bombril... ontem a sessão atrasou 20 minutos, depois eles se atrapalharam com os comercias (que tivemos que ver duas vezes!) e a sala (ruim) estava cheia. Pergunto: se o filme tá um sucesso, porque não o colocam na sala grande?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

ANTONIA NABUCO

Caros leitores,

Hoje escreverei sobre uma pessoa especialissima que nao esta mais entre nos, aqui neste plano, mas que esta da forma em que cada um de nós conceba que pode estar uma pessoa fora do plano fisico. Nao acredito em duendes, ovnis, astrologia, nada disso, embora minha metade brasileira me faca dar uma espiada no horoscopo de vez em quando. Mas neste caso sei que Antonia existe ainda, existe num lugar muito especial dentro de mim e de todos que a conheceram e entao fica a estranha sensacao de que Antonia pessoa fisica está de fato. Estranha sensacao tambem o nao poder ouvi-la, nao poder compartilhar dos seus pensamentos frescos a toda hora. Estranha sensacao de um vazio infinito que é uma das ironias deste mundo, que ainda assim é belo. Porque nos permite estar em contato com pessoas como Antonia, mesmo que depois a arranque de nós. Porque ficam as lembrancas, as vivencias, as fotos... É tudo muito estranho mesmo.

Perdoem a falta de acentuacao: computadores estrangeiros. Depois de despedir-me dela tive que partir, para longe; do que era seu entorno, de perto da dor. Cada um lida com a tristeza à sua maneira. Ia esperar, meditar, me inspirar antes de escrever sobre Antonia. Mas resolvi entrar no blog e comovido li manifestacoes de duas pessoas que eu nao conheco, que deixaram comentarios sobre o meu post anterior, onde eu falava dela. E comoveu-me de tal maneira constatar mais uma vez o poder desta enorme rede de afetos que Antonia possuia; comoveu-me enormemente que duas pessoas estranhas me deixem recados emocionados porque, assim como eu, sentem com tanto pesar a partida da querida prima. E isto me fez refletir, me inspirou e com sentido de urgencia faz com que agora eu me esqueca de que é sexta-feira a noite, de que ha um mundo pulsando la fora, de que eu so terei 28 anos uma vez na vida... Nada mais importa agora. Porque Antonia esta aqui, esta presente, me guia nesta palavras dificeis.

No seu enterro, essa cerimonia tao difícil e necessaria inventada pelo homem, atrevi-me a falar diante das quase duzentas pessoas que se aglomeravam no cemiterio Sao Joao Batista. Jamais havia feito algo parecido. Quando me vejo obrigado a apresentar um filme meu num festival de cinema falta-me o ar. Mas ali novamente a forca de Antonia me impeliu a superar uma dificuldade, pois me era vital prestar-lhe uma homenagem, sobretudo em meio a uma situacao surreal... Aquela demora, os pedreiros que pareciam nao saber o que fazer, numa estranha correlacao com todos nos ali, que nao sabiamos o que fazer literalmente e tampouco frente a dor que sentiamos. Resolvi falar, e o que disse, ou o que consegui dizer tomado pela emocao, foi que Antonia deixa o legado de uma enorme rede de afetos que parece nao ter fim. E de repente, quando li os comentarios de uma medica e um professor de escola dela(!) no meu blog, me senti muito proximo a eles. Porque mais uma vez me senti deliciosamente envolto na rede de afetos de Antonia. Porque, perdoem a aparente cafonice mais é assim mesmo, Antonia era amor.

Nao há pessoa que nao tenha passado alguns minutos com ela e nao se lembre com carinho destes minutos. Como disse Jadyr, grande amor da vida dela e grande companheiro (e mais um achado na sua rede afetos) estar perto dela era um verdadeiro privilégio. Muitas pessoas diziam a Jadyr que ele era um santo, uma pessoa iluminada (e isso ele é mesmo) por ter estado ali, sempre presente e sempre batalhando ao longo dos sete anos em que Antonia lutou contra a doenca. E ele sempre respondia, sereno, "Querido, nao sou santo nada. Cada minuto ao lado dela é um privilégio".

As virtudes de Antonia sao tantas que prefiro falar das mais importantes: a fé, a forca, a compaixao, a bondade, a honra, a dignidade, a presteza, o afeto inesgotável, a inteligencia afiada, o charme, a graca, a curiosidade, a espontaniedade, a verdade... Até o que, na maioria das pessoas é um defeito, nela eram parte do charme: a vaidade, a teimosia... eram características tao intrínsecas a ela que, em vez de desagradar, enterneciam.

Mas talvez a maior das virtudes dela (e isso eu consegui dizer no enterro) era que, em contato com Antonia, diante dela, éramos pessoas melhores. Frente a Antonia virávamos sempre a melhor pessoa que podíamos ser. Era como se as virtudes dela, de tao fortes, passasem a nós. Talvez nenhuma cancao se aplicaria tao bem a ela como se "Se todos fossem iguais a voce, que maravilha viver" de Jobim (a belíssima cancao de Joao Nabuco é hors-concours, já que foi feita em homenagem a ela).

Em todos estes anos de convivio, mesmo quando bem próximo, nunca houve mau-tempo com Antonia. Jamais a vi reclamar, por exemplo, de absolutamente nada, mesmo quando, cansada, talvez sentisse que nao teria forcas para seguir lutando. Eu nao posso nem quero imaginar o sofrimento pelo qual passou a vida inteira, e sobretudo nos últimos anos e, de maneira mais violenta, nos últimos meses. Mesmo assim nunca uma reclamacao, uma queixa, nada. Mesmo no fim ela conseguia dar amor, dar afeto, dar e dar. Incansável.

Por isso as lembrancas e as licoes servem como uma pequena compensacao para nós que ficamos aqui com a dor e a saudade imensa. Porque tudo o que ela nos deu servirá como instrumento para uma vida mais rica, mais profunda, mais verdadeira. Os valores de Antonia eram sólidos como as piramides de Egito. Eles nos iluminam nos momentos difíceis. E fica a sensacao, mais uma estranha sensacao, de que talvez Antonia fosse mesmo um anjo disfarcado de linda mulher que veio a esta terra para nos mostrar tudo isso, para nos guiar, nos dar ferramentas, ensinar. Seria uma explicacao aparentemente absurda porém lógica para a sua inesgotável alegria e serenidade mesmo frente a maior das tragédias. Porque além de amor, e luz, Antonia era paz.

Paz Antonia! Amén.

PS- Entre mais outras virtudes de Antonia havia sempre o humor, muito humor e algo de pueril e inocente nela que se contrapunha muito graciosamente à sua inteligencia e astúcia. Devo a ela as maiores gargalhadas da minha vida numa temporada no apartamento dela em Nova Iorque, quando ela foi lutar pela sua carreira lá (e fez muito sucesso na empresa Landor, onde foi responsável pela guaribada na imagem da hoje velha Varig, entre outros feitos). Chego eu de Boston, para passarmos mais um final de semana juntos, e eis que surge Antonia com uma roupa de ginástica hilària, rosa choque e azul, e um tapetinho de ioga que ela prontamente colocou no chao. Havia recém terminado um daqueles milhares de capuccino em pó que eram seu pequeno vício e eu imaginei que ela também havia aderido ao Ioga, em boom na època. De repente Antonia coloca uma fita no VHS e eis que surge na tela primeiro a imagem de uma boca de fogao queimando, enquanto a narracao pouco sutil falava em perder calorias. Entao aparece uma mulher loira de meia idade com uma roupa ainda mais ridícula que a da Antonia, sob a insignia "Breathing Gymnastics with Greer Childers, mother of three". Greer era loira, com um enorme cabelo estilo anos 80, e estava frente a um cenário horroroso que inlcuía uma lareira de mentira. E entao Greer comeca a fazer na TV poses que fazem Jane Fonda parecer Audrey Hepburn em Breakfst at Tifannys. Era posicao de gato, de cachorro, revirava os olhos, sempre com uma profunda respiracao e depois uma expiracao muito barulhenta, um "Puhhhhh" que parecia que a Greer ia sufocar-se ali na tela. Incrédulo, eu vi Antonia tentando imitar as obscenas ginásticas faciais e corporais de Greer até que nao resisti e tive o primeiro de uma série de ataques de riso, daqueles de provocar muitas lágrimas e doer a barriga até achar que o riso virou tortura. Antonia imediatamente se deu conta do absurdo da situacao e comecou a rir também e assim ficamos uma boa meia hora, rebobinando a fita e rindo. Antonia disse que tinha visto o anúncio no 1800, pareceu bom e comprou. E mais risadas. No final de semana seguinte Guilhermina juntou-se a nós e Antonia e eu colocamos o video e demos mais risadas com ela... Esgotamos Greer de tanto rir!
PS2- Queria uma linda foto da Antonia pra colocar aqui... nao tenho nenhuma comigo aqui no sul, peco que enviem por email...
PS3- fecho este texto com o link, que o Caio me mandou, da própria Greer e um trecho do vídeo que descrevo acima... sensacional!

domingo, 3 de fevereiro de 2008

2008

Aos meus 4 leitores, algumas novas, já que um ou outra reclama da falta de postagens.
* Passei os últimos 2 meses escrevendo, produzindo e dirigindo o meu primeiro longa-metragem, provisoriamente entitulado "En Ruta". Trata-se de um road movie que conta uma história de amor entre um jovem argentino e uma belga. Foi todo filmado no Uruguai, e pretende ser também um retrato do país hoje. Pois é, eu sei que ninguém faz um filme assim tao rápido, mas eu fiz, fazer o que? Era pegar ou largar. Rendeu-me 55 horas de material com coisas incríveis que vou precisar de meses para editar (e um belo patrocinador para finalizar, voluntarie-se alguém!). O elenco nao pode ser mais heterogeneo... temos vários nao atores, pessoas de carne e osso mesmo, dos lugares, que contracenam com o casal principal, dois ex-estudantes de teatro argentinos, Esteban Feune de Colombi e Jill Mulleady (ele hoje escritor e ela hoje pintora). A eles junta-se o artista plástico Hugo Arias, a grande dama do teatro e cinema China Zorrilla (cujas cenas deverao ser filmadas em dois dias, e ela ainda nao disse que faz o filme!!!) e a querida Guilhermina Guinle. Naomi Campbell faz um cameo.
* No meio disso tudo faleceu minha queridíssima prima Antonia Nabuco. Ela merece um post só para ela, que escreverei com calma. Só posso dizer que a passagem dela me provocou uma tristeza sem fim e me deixa uma saudade enorme, e um vazio difìcil de preencher.
Foram tempos conturbados. E onde um sentimento de realizacao forte mesclou-se com este pesar gigantesco. Mas a vida tem destas coisas, tao estranhas. Nos dá e tira de nós o tempo todo. "A vida sempre pega a gente numa curva, é feito chuva em plena tarde de verao" dizia a cancao do meu caro Fábio Jr.
E em breve serao as águas de marco, fechando o verao. Que vai me deixar um filme que, espero, seja uma bela obra para a posteridade, e umas saudades eternas de Antonia, que me abencoa de onde estiver.

domingo, 4 de novembro de 2007

Podecrer

Havia lido o (inicialmente bom) roteiro do filme Podecrer há uns três anos atrás mas não sei o que aconteceu a ele, pois não se transformou no filme que vi anteontem. Como todos os seus colegas da Conspira, Arthur Fontes filme muito bem (destaque para a câmera de Gustavo Hadba). Mas o resultado, neste filme, deixa a desejar. Apesar das belas imagens e da estética coerente com aquilo que está sendo representado, o filme vai se esgarçando numa trama desprovida de maiores conflitos. Mesmo se pensarmos que a entrada da vida adulta pode vir com poucos conflitos, na verdade aqui eles são indicados, esboçados, mas parece que o filme não tem suficiente interesse neles para ir a funda nas questões. A mais dramática delas, uma gravidez precoce seguida de aborto, é tratada com a superficilidade de uma novela da tarde. Uma pena, pois vê-se que existe um potencial enorme naquele universo tão bem delineado, estéticamente, por Fontes e Hadba. Mas o resultado é uma série de videoclipes (com excelente escolhes de musica, vale dizer) entremeados por cenas que acabam sendo rasas e às vezes até forçadas. O que acaba desperdiçando também alguns ótimos atores, destaque para o trio formado por Marcelo Adnet, Gregório Duvivier e Silvio Guindane.

MOSTRA

Depois de muitas dias vendo um, dois ou três filmes por dia perde-se um pouco a paciência e a exigência do espectador que vos fala fica infinitamente maior. O que fez com que, ao fim da mostra, eu já estivesse saindo antes do fim, em alguns casos, algo raro na minha vida de cinéfilo. Devo confessar que nenhum dos filmes que vi me arrebatou completamente. Mas vi muitos filmes notáveis, para dizer o mínimo. Entre eles: Les Temoins, 4 Meses 3 semanas etc... e Cançoes de Amor. Acho que o cinema francês está em ótima forma. Vi mais três títulos franceses, todos muito acima da média.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

TIM FESTIVAL

Mais uma vez o trabalho me impediu de desfrutar do Tim Festival com a intensidade que ele merece. Ainda assim consegui ver pelo menos um dia, e ainda por cima no Rio. Alguns comentários:
* São Pedro não ajudou em nada a noite de sexta, mas nem mesmo mandando ver na chuva conseguiu diminuir a intensidade da experiência.
* Foi meu primeiro TIM na Marina da Glória. Aprovadíssimo. Pensei que nada se equipararia ao MAM mas na Marina foi show de bola. Ponto pro mise-en-scene colorido, misto de Las Vegas com São João.
* O show de Bjork foi correto. Mas para quem se impressionou tanto com a diva, como eu, ao longo dos anos, ficou aquém das expectativas.
* Anthony and the Johnsons tocaram bem, mas no lugar errado... Numa semi-vazia tenda enorme, onde o publico ia chegando para ver Bjork, sua voz teve que competir com a conversa da platéia mais distante.
* Hot Chip, geniais em disco, carecem de uma performance que empolgue.
* Arctic Monkeys foi pra mim a grande surpresa. Não conhecia e fiquei impressionado com aquela molecada que toca bem pra c..., e incendiou a platéia na noite de sexta.
Como sempre, o clima, o astral, era dos melhores. As tribos todas se misturavam, o clima era de paz e mais uma vez o festival nos orgulha, pois em poucos lugares do mundo existe algo parecido. Parabéns à Monique Gardenberg e sua Dueto, pela organização, e à Mario Cohen e à TIM por acreditar que investir em eventos deste tipo é mais do que propaganda.